A
CÂMARA APROVOU O IMPEACHMENT. DILMA É AFASTADA?
Não. O
processo seguirá para o Senado dias após a votação (possivelmente, entre 18 e
19 de abril) e uma comissão será formada para avaliá-lo. Só o Senado pode
processar e julgar um presidente da República.
É
PRECISO AVALIAR DE NOVO?
Sim.
O trabalho no Senado é diferente do que já foi feito, uma vez que a comissão da
Câmara só avalia a admissibilidade, ou seja, se o processo tem condições ou não
de seguir. A comissão do Senado deve se reunir entre os dias 21 de abril e 02
de maio. O parecer final é encaminhado ao plenário para uma nova votação. O
processo só deve continuar se 41 dos 81 senadores (maioria simples) concordarem
com ele.
E
SE O SENADO ACEITAR O PEDIDO?
A
presidente é afastada por um período de 180 dias e o vice-presidente Michel
Temer assume o cargo. Dilma recebe um prazo de 20 dias
para apresentar nova defesa.
DILMA
DEVE DEIXAR O PALÁCIO DO PLANALTO?
Não. Como
explica Flávio de Leão Bastos Pereira, professor de Direito Constitucional do
Mackenzie, a presidente não é obrigada a deixar a residência oficial durante o
período que não exerce a presidência. Durante o
afastamento, no entanto, ela recebe apenas metade de seu salário (que
atualmente é de R$ 30.934,00).
E POR QUANTO TEMPO O SENADO
PODE JULGAR A PRESIDENTE?
Os
senadores dispõem de 180 dias para julgar se Dilma é responsável pelos crimes
de responsabilidade apontados no processo. Se eles
decidirem usar todo o tempo, o processo termina em outubro deste ano.
COMO
FUNCIONA A VOTAÇÃO FINAL?
A sessão é
presidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal. O impeachment é aprovado
se dois terços dos senadores (54 dos 81) votarem a
favor. Se Dilma for condenada, perde o mandato e se torna inelegível por
oito anos. Se for absolvida, volta automaticamente ao
cargo e recebe o valor que deixou de receber enquanto estava afastada.
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