HENRIQUE
EDUARDO ALVES
O
ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, é considerado um aliado próximo de
Temer. No momento, é alvo de dois pedidos de inquérito na Operação Lava Jato.
Em dezembro, seu apartamento foi vasculhado por agentes da Polícia Federal.
Mensagens de celular mostraram que o deputado Eduardo Cunha cobrou de Léo
Pinheiro, ex-presidente da empreiteira OAS, repasses à campanha de Alves ao
governo do Rio Grande do Norte. Outras mensagens, enviadas pelo próprio Alves,
despertaram a suspeita de que ele atuou a favor da empresa em tribunais.
GEDDEL
VIEIRA LIMA
O
ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, também apareceu em
mensagens do celular de Léo Pinheiro. Ainda não há um inquérito específico
contra o ministro, mas os investigadores suspeitam que ele pode ter usado sua
influência para atuar em favor da OAS dentro da Caixa (onde ocupou a
vice-presidência) e em outros órgãos. No início dos anos 2000, o ex-presidente
Itamar Franco chamou Geddel de "percevejo de gabinete" – um político
que busca se aliar com outras administrações para conseguir cargos.
OUTROS
MEMBROS DO GOVERNO
Dois
nomes do núcleo duro de Temer, Moreira Franco (assessor especial) e Eliseu
Padilha (ministro da Casa Civil) também aparecem em investigações envolvendo
Léo Pinheiro e foram citados na delação do ex-senador Delcídio do Amaral.
Outros seis ministros – Mendonça Filho (Educação), José Serra (Relações
Exteriores), Raul Jungmann (Defesa) Ricardo Barros (Saúde), Osmar Terra
(Desenvolvimento Social e Agrário) e Bruno Araújo (Cidades) – aparecem na
superplanilha da Odebrecht apreendida na casa de um ex-executivo da empresa
ANDRÉ
MOURA
Eleito na
semana passada líder do governo na Câmara dos Deputados, Moura (PSC-CE) aparece
como réu em três ações penais e é investigado em dois inquéritos no STF. Em um
dos inquéritos, ele aparece como suspeito de uma tentativa de homicídio; no
outro, seu nome está ligado ao escândalo do Petrolão. Partidos aliados, como o
DEM e o PSDB, queriam outro deputado para o cargo, mas tiveram que engolir a
vitória de Moura. O presidente interino não fez esforços para reverter o
resultado.
CÚPULA DO
PMDB NO SENADO
O caso
Jucá evidenciou que Sérgio Machado, ex-diretor da Transpetro, está negociando
um acordo de delação premiada. Machado é um velho protegido da cúpula do PMDB
no Senado e deve sua indicação ao presidente da casa parlamentar, Renan
Calheiros. Ele também é considerado próximo de Edison Lobão e Jader Barbalho. A
imprensa brasileira especula que Machado pode ter gravado diálogos com outros
senadores além de Jucá, algo que pode atingir em cheio vários caciques do
partido do presidente interino.
BALEIA
ROSSI
Escolhido
na semana passada para ser o novo líder do PMDB na Câmara, o deputado Baleia
Rossi (SP) foi citado na Operação Alba Branca, que investiga desvios em contratos
para o fornecimento de merendas para escolas de São Paulo. Em delação premiada,
o vice-presidente de uma cooperativa que fornecia alimentos disse ter ouvido
que valores desviados das prefeituras de Ribeirão Preto e Campinas foram
repassados à campanha de Rossi.
Autor: Jean-Philip Struck
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