NATHALIA
PASSARINHO, FERNANDA CALGARO E LAÍS ALEGRETTI DO G1, EM BRASÍLIA
Pouco
mais de um ano antes da eleição de 2016, deputados e senadores insatisfeitos
nos próprios partidos se movimentam para trocar de legenda a tempo de
concorrer.
O prazo
para que um candidato possa se registrar em uma legenda e disputar um cargo
eletivo na eleição municipal do ano que vem termina na próxima sexta-feira (2),
exatamente um ano antes das próximas eleições.
A
legislação eleitoral exige que um candidato esteja filiado a partido político
pelo menos um ano antes do pleito. Mas esse prazo poderá mudar se a presidente
Dilma Rousseff sancionar o projeto de lei da reforma política aprovado no
Senado e na Câmara, que estabelece somente seis meses de antecedência e não
mais um ano.
Após 18
anos no PT, o deputado Alessandro Molon (RJ), um dos vice-líderes do partido na
Câmara, se registrou nesta quinta (24) na Rede Sustentabilidade, legenda
idealizada pela ex-senadora Marina Silva.
A
intenção do ex-petista é ser candidato a prefeito do Rio de Janeiro em 2016,
mandato que possivelmente não conseguisse disputar pelo PT.
Insatisfeitos
com o espaço que tinham no PSB e no PMDB, os deputados Glauber Braga (RJ) e
Danilo Forte (CE) fizeram o mesmo que Molon. Braga foi para o PSOL, enquanto
Danilo Forte trocou o PMDB pelo PSB.
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Forte
explica que o PSB ofereceu a ele posto de direção no partido, além da
possibilidade de se candidatar à Prefeitura de Caucaia, no Ceará.
“Estou
assumindo a presidência do partido no estado do Ceará, num quadro de
reconstrução depois da saída da família Gomes, que deixou o partido sem
deputado federal, estadual e sem candidaturas no interior do estado. E existe
possibilidade de eu ser candidato a prefeito em Caucaia, a segunda cidade do
estado. É mais factível isso dentro do PSB que dentro do PMDB. No PMDB, já
tinha inclusive um diretório montado no município”, afirmou Danilo Forte ao G1.
O
deputado Glauber Braga diz que deixou o PSB pelo PSOL por se identificar mais
com a ideologia do novo partido. Ele afirmou ainda que poderá ser candidato à
Prefeitura de Nova Friburgo em 2016.
“O que me
levou a mudar foi a afinidade ideológica, conciliada com a prática política do
partido. A candidatura em 2016 é uma questão em aberto. Não descarto, mas não
há decisão. Minha relação é com a Prefeitura de Nova Friburgo. Mas não foi isso
que me levou a mudar de partido”, disse o deputado.
De olho
na eleição presidencial de 2018, os irmãos Ciro e Cid Gomes deixaram o PROS em
razão da possibilidade de se candidatarem pelo PDT.
No dia da
filiação, o líder do partido na Câmara, deputado André Figueiredo (CE), afirmou
que ambos são cotados para disputar a Presidência da República pelo partido.
“Ele
(Ciro Gomes) é um dos nomes que o PDT pode, sim, apresentar para 2018, mas não
foi condicionado à candidatura a vinda dele para o PDT”, disse Figueiredo,
citando ainda Cid Gomes e o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) como
possibilidades.
A
senadora Marta Suplicy trocou o PT pelo PMDB de olho nas eleições para a
Prefeitura de São Paulo, em 2016. O nome dela será submetido à convenção do
partido, para definir se será, de fato, lançada na disputa.
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