quinta-feira, 14 de abril de 2011

Número de mortes de motociclistas é 08 vezes maior em dez anos !!

Nos últimos dez anos, o número de motociclistas mortos em acidentes de trânsito aumentou em mais de oito vezes. De acordo com complemento do estudo Mapa da Violência 2011, divulgado nesta quarta-feira (13) pelo Instituto Sangari, em 1998 foram 1.047 mortes de motociclistas no país. Em 2008, esse número subiu para 8.939 mortes, isto sem contar os que perdem algum membro do corpo ou ficam com sequelas irreversíveis durante o resto da vida.

Segundo o pesquisador responsável pelo estudo, Julio Jacobo, o aumento da mortalidade de motociclistas tem relação com o crescimento da frota na última década, que teve um aumento  de vezes. “Há 30 anos, as motos representavam uma parcela praticamente insignificante do total de veículos. Era visto como um artigo de luxo e era inacessível à população. A partir da década de 90, houve a popularização das motocicletas.”

De acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), em 1970, em um total de 2,6 milhões de veículos, só existiam registradas 62.459 motocicletas, ou seja, 2,4% da quantidade de veículos. Em 1998, a quantidade de motocicletas subiu para 2,8 milhões, o que representa 11,5% da frota total do país. Em 2008, o número saltou para 13,1 milhões, representando 24% do total nacional de veículos.
 
No Ceará também houve um crescimento significativo deste tipo de transporte (motocicletas). Segundo dados do Detran-Ce,  em 2002 o estado tinha registrado 766.006 veículos, dos quais 29% já eram motocicletas . Em 2010, num período de menos de 10 anos,  de 1.706.361 veículos,  41,32% eram  motociletas, portanto  quase metade dos veículos registrados no Ceará sãodeste tipo.

No período de 2002 a 2010, o Ceará registrou 11.208 mortes por acidentes de trãnsito, das quais 2.871 foram com motos, o que representa 25,62%, ou seja 1/4 das mortes no trânsito. Em relação a acidentes não fatais, de um total de 99.120 pessoas acidentadas, 35.584 foram com motos, representando 35,90%, ou seja, 1/3 dos acidentes não fatais.

Estes dados são un indicativo da necessidade de uma política pública específica para as pessoas que pilotam moto, no sentido de formar cidadãos capazes de compreender a importância de obedecer as leis de trânsito e usar adequadamente os equipamentos de segurança. 


Com informações da agenciabrasil

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